São Paulo, um dos grandes produtores brasileiros, está produzindo menos feijão, o que tem forçado a subida drástica dos preços do produto ao consumidor. Segundo números da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, há 10 anos as lavouras no Estado cobriam mais de 503 mil hectares, o que permitiu uma produção de 4,4 milhões de sacas de 60 quilos em duas safras anuais.
E não é que agora com três safras ao ano – tem também a do feijão irrigado no inverno – a área plantada desabou para 113,5 mil hectares. Como a produtividade é alta, a produção conseguiu chegar a 3,6 milhões de sacas, mas está sendo insuficiente.
Motivo da queda de produção: a troca do feijão por culturas mais rentáveis economicamente, como milho esoja. Sem falar da cana, que também invade as terras paulistas. Resultado: a subida constante nas cotações do feijão influenciou nos índices de inflação, que cresceram justamente devido à alta geral nos preços dos alimentos. O governo esperava uma queda nas cotações dos alimentos para controlar o dragão. E pior: a inflação de produtos agrícolas deve continuar pressionada no início do segundo semestre, segundo aFundação Getúlio Vargas.
Sabe quanto a dona de casa está pagando pelo feijão cariocas nas gôndolas dos supermercados este ano? Uma média de R$ 6 o quilo. Há três anos, ela gastava a metade.
Verdade que o consumo de feijão tem caído no país. Eram mais de 21 quilos per capita/ano e baixou para 16 quilos/ano à medida que o bolso do brasileiro melhorou, mas o produto continua sendo fundamental na dieta da população. Por sinal, eu jamais troco o feijão pelo fast-food execrável e seu sabor de plástico.
Em suma, enquanto o preço do tomate se acalma, o do feijão dispara. Estamos aguardando as supersafras recordes de grãos tornarem mais barata a comida na mesa do brasileiro. Aqui, no entanto, vale o que escreveu neste domingo no Estadão o economista José Roberto Mendonça de Barros: “As exportações de soja estão crescendo muito rapidamente, o que abrirá espaço nos portos para o milho, a partir de setembro, dando suporte maior aos seus preços.” Ele lembra que os preços da soja estão subindo O que o Brasil espera – ou esperava – é que as supersafras de soja e milho propiciassem também um alívio nos custos dos produtores de carne bovina, suína e de frangos.
Em suma, enquanto o preço do tomate se acalma, o do feijão dispara. Estamos aguardando as supersafras recordes de grãos tornarem mais barata a comida na mesa do brasileiro. Aqui, no entanto, vale o que escreveu neste domingo no Estadão o economista José Roberto Mendonça de Barros: “As exportações de soja estão crescendo muito rapidamente, o que abrirá espaço nos portos para o milho, a partir de setembro, dando suporte maior aos seus preços.” Ele lembra que os preços da soja estão subindo O que o Brasil espera – ou esperava – é que as supersafras de soja e milho propiciassem também um alívio nos custos dos produtores de carne bovina, suína e de frangos.
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