terça-feira, 25 de junho de 2013

Com irrigação, cidades “gêmeas” avançam em meio à seca

O caminhão do projeto Caminhos da Safra cruza a ponte entre Juazeiro e Petrolina
Na margem baiana, está Juazeiro. No lado oposto, em terras pernambucanas, Petrolina. Ligadas pelos 801 metros de extensão da ponte Presidente Dutra, elas compartilham muito mais do que a belíssima visão das águas do Velho Chico.
As cidades-gêmeas, como costumam ser chamadas, vêm construindo em conjunto um dos principais polos de desenvolvimento econômico do semiárido brasileiro.
Criada por uma Lei Federal em 2001, a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro (que inclui ainda os municípios de Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, e Casa Nova, Curaçá e Sobradinho, na Bahia) é hoje a maior exportadora de frutas e abriga o segundo maior polo vitivinicultor do Brasil.
O avanço, em uma região historicamente castigada pela seca, tomou impulso a partir de investimentos (públicos e privados) em tecnologias de irrigação. “Somente no ano passado, a região exportou mais de 50 mil toneladas de uva. O mercado interno também está muito aquecido e a perspectiva é muito boa para 2013″, conta Edis Matsumoto, presidente da Câmara de Fruticultura de Petrolina.
Em Petrolina, Globo Rural visita fazendas de produção de uvas
Além da uva, a região produz manga, banana, acerola, goiaba, melão e melancia. “A uva e a manga, que são nossos principais produtos da pauta de exportação são avaliados entre os melhores do mundo. E a vantagem, no caso da uva, é que não temos entressafra. Por aqui, em razão do clima, a planta não para”, diz.
Para conhecer de perto essa realidade, a reportagem de Globo Rural chegou ao vale do São Francisco neste final de semana. A partir de Juazeiro e Petrolina, o caminhão do projeto Caminhos da Safra irá percorrer cerca de 1000 quilômetros até o Porto de Pecém, um dos principais destinos para a exportação das frutas locais.
O roteiro irá incluir, ainda, alguns dos municípios cearenses mais afetados pela seca, considerada a mais severa dos últimos 50 anos. E irá ver de perto as obras da polêmica transposição do São Francisco, levada adiante pelo Governo Federal.

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